Este é um post sobre uma experiência pessoal envolvendo um
trabalho de artes que fiz na escola e algumas coisas sobre suicídio no Japão
que aprendi com algumas pesquisas.
Foi me apresentado na escola um documentário sobre o artista
plástico brasileiro Vik Muniz “Lixo extraordinário” e foi pedido um trabalho
parecido com os que nos foi apresentado no vídeo. O material a ser utilizado
para a confecção do trabalho deveria ter alguma relação com a ideia a ser
mostrada.
O trabalho deveria ser realizado em grupo e o meu grupo
ainda não tinha nenhuma ideia, então tive a ideia de mostrar o suicídio no
Japão em forma de arte (profundo né?). A imagem era a seguinte: uma colegial
cometendo o estilo tradicional de suicídio, o Harikari. A imagem seria retirada
de um mangá sobre este tema que eu estava lendo, o “Suicide Circle”, e em volta
teriam vários comprimidos a cercando, como se a mesma estivesse mergulhada e
estes, representariam uma nova forma de suicídio, por overdose.
Porque uma garota colegial?
Segundo pesquisa, no Japão
feudal e até meados dos anos 2000, a maioria dos suicídios eram cometidos por
homens que sustentavam suas famílias. Antigamente e aé hoje em dia em alguns
casos suicídios são cometidos para manter a honra de uma família, e ao passar
dos anos o japão não criou nenhuma medida para deixar este fator cultural para
traz, de modo que esta cultura se faz presente até os dias atuais. Com o avanço
da tecnologia ficou bem mais fácil encontrar pessoas com interesses em comm, e
por isso foram se formando vários grupos de suicídio por motivos banais, os
membros deste grupo não eram apenas homens lideres de família como antigamente
e sim, mulher e homens de diversas idades entre eles, adolescentes. Os suicídios também ocorrem atualmente devido a longas jornadas de trabalhos, problemas financeiros e emocionais.
Como ficou o trabalho?
Não foi feito o desenho de uma
colegial como e queria inicialmente, porém foi feito o desenho de uma gueixa o
que deu para explicar bem o conceito e a ideia dos comprimidos foi mantida.
Apresentação para a sala.
Na minha classe não há muito dos
apreciadores de cultura japonesa, o que
foi ótimo na hora de explicar o conceito e o que acontece lá, pois era um tema
do qual todos já tinham ouvido falar mas não sabiam muita coisa. Expliquei a
transição da fase feudal á contemporânea e a falta de medidas para combater
esse tipo de ato.
Infelizmente não tenho mais foto do trabalho, mas espero que
vocês consigam imaginar como ficou.
Links:
Este é um documentário interessante a respeito de Aokigahara, também conhecida como floresta do suicídio, onde são encontrados em média 100 corpos por ano.
(Vídeo legendado em inglês)
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